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09/12/1473 ‘Portugal permanece’: Alfredo relata bastidores da guerra
![]() Lisboa (KAP) No momento em que a guerra já não se mede apenas por cidades perdidas ou reconquistadas, mas pela disputa de narrativas que moldarão o futuro político do Reino, a KAP ouviu uma das figuras mais persistentes e combativas do debate público: Alfredo Lourenço de Sá, presença constante nas praças e um dos mais vocais defensores da unidade portuguesa. A sua intervenção pública mais recente — na qual afirmou “saber de tudo sobre a guerra” e acusou diretamente a liderança do Porto e de Coimbra de se alinharem à ONE — despertou forte interesse editorial. Ao longo da entrevista, Alfredo reconstrói os acontecimentos desde os primeiros sinais de ruptura no Porto, identifica nomes e articulações que, segundo ele, prepararam o terreno para a atual guerra civil, e apresenta a sua versão para a ascensão da influência estrangeira nos dois Condados. Com declarações contundentes, Alfredo revisita a eleição de Dunlop, a tomada do castelo do Porto, a aproximação da ONE, o papel de Vivian Lara Viana, a atuação de Rubya e Justinian, e explica como, na sua leitura, forças externas e ressentimentos internos transformaram uma disputa condal numa crise nacional sem precedentes. A seguir, a KAP apresenta a entrevista completa com Alfredo Lourenço de Sá, cujos testemunhos procuram lançar luz sobre uma guerra cuja história ainda está a ser escrita em simultâneo aos combates. KAP - Quando, na sua avaliação, começaram os primeiros sinais da crise que resultaria na guerra? Houve algum episódio específico que lhe chamou atenção como um ponto de ruptura inicial? Alfredo - Os primeiros sinais da crise surgiram quando foi criada uma lista rival ao governo vigente do Porto. A partir dali tornou-se evidente uma ruptura interna: eleição após eleição, essa lista perdia cadeiras e acumulava ressentimento. Ali, naquele momento, iniciou-se a escalada que culminaria na guerra. KAP - O senhor afirma que Coimbra e Porto estavam alinhados com “a vinda dos italianos”. Quando e como esse alinhamento, segundo suas informações, teria começado? Quem foram os primeiros articuladores? Alfredo - Os articuladores do alinhamento com a vinda dos italianos são os mesmos que perderam a disputa para a lista de Dunlop. Temiam entregar o Condado — que julgavam ser deles por direito — e começaram a costurar acordos externos para preservar o próprio poder. KAP - Antes da ruptura, como o senhor descreve o clima político entre os três Condados? Havia tensões claras ou a ruptura foi surpresa para a maioria da população? Alfredo - Houve, sim, um período de paz. No reinado de Carlos, os três Condados conviviam de forma relativamente harmoniosa; divergências existiam, como em qualquer estrutura política, mas a unidade era real. Tudo começou a mudar depois do episódio do Anxo Ribeiro e, principalmente, quando a ONE foi trazida para Portugal. A partir dali, tensões que antes eram passageiras transformaram-se em divisões profundas. O equilíbrio que existia ruíu — não por rivalidade natural entre os Condados, mas pela entrada de forças externas que desestabilizaram completamente o cenário político. KAP - Sobre o Condado do Porto: o senhor menciona que Dunlop venceu a eleição e foi reconhecido como conde. Pode detalhar como se deu esse processo eleitoral e o que, na sua visão, motivou a facção rival a tomar o castelo logo após o resultado? Alfredo - A prova da eleição de Dunlop está registrada no Tribunal Régio. O governo deposto nunca cogitou respeitar a vontade popular; encarou o resultado como uma afronta pessoal. Temendo “estragarem” o trabalho que consideravam seu, rejeitaram a escolha do povo e correram, desesperados, atrás de “ajuda”. Não foi uma divergência política — foi puro ego. KAP - Ainda sobre esse episódio, qual foi o papel — formal e informal — de Vivian Lara Viana na tomada do castelo? Há relatos de apoio externo. O senhor confirma? Alfredo - Sim, houve apoio externo. Vivian Lara Viana e seus aliados sempre mantiveram contacto direto com Justinian, líder da ONE. Isso é público. Barcos indo e vindo, movimentação intensa no porto… basta ter meio neurônio para juntar as peças. O apoio estrangeiro não foi acidental; foi articulado. KAP - O senhor disse que “o governo do Porto se vendeu por proteção”. Poderia explicar o que isso significa em termos práticos? Quem ofereceu essa proteção e o que teria sido dado em troca? Alfredo - O governo do Porto se vendeu. A troca foi simples: poderio militar e eleitores em troca de um porto seguro para a ONE construir e reparar seus navios. Uma transação grosseira travestida de narrativa heroica — “libertar o Porto dos sulistas”. No fundo, venderam a autonomia por conveniência. KAP - Ao afirmar que o governo do Porto se vendeu por proteção, o senhor lança uma acusação grave. Pode apresentar nomes, provas ou fatos concretos ? Alfredo - As provas estão atracadas no porto — os barcos feitos lá, as movimentações navais constantes, e pessoas de outros países armadas servindo diretamente na defesa do castelo. Além disso, há provas públicas no próprio fórum, onde se podem ver declarações, registros e comportamentos que confirmam a presença e a participação ativa desses estrangeiros. Quanto aos nomes, pode colocar toda a lista atual e, claro, a dita “imperatriz”. O mercenário é Justiniano, líder da ONE. Nada disso está escondido: está exposto à vista de quem quiser ver. KAP - Em que momento começaram a surgir indícios de presença e influência direta de italianos no Porto e em Coimbra? Alfredo - Os indícios surgiram logo após a tomada do Porto. Assim que os “eleitores” atracaram, ficou claro o pacto. E quando Coimbra anunciou a independência, o Porto imediatamente seguiu o mesmo caminho, declarando apoio mútuo. Não é necessária grande imaginação para compreender o sincronismo. KAP - Qual foi a reação inicial da população do Porto quando percebeu movimentações políticas e militares incomuns dentro do próprio castelo? Houve resistência interna? Alfredo - Sim, houve resistência interna. A população que não compactuava com o golpe se revoltou. Dunlop enfrentou o processo como oposição legítima, mas o plano dos adversários estava muito bem articulado — e eles eram numerosos. A resistência existiu, mas foi abafada por estratégia e volume. KAP - A aliança política entre Porto e Coimbra foi anunciada de forma súbita. O senhor acredita que essa união já estava previamente preparada? Quem seriam, segundo suas informações, os principais articuladores? Alfredo - Tudo foi arquitetado por três figuras centrais: Rubya, Justinian e Vivian. A imperatriz não poderia estar de fora, ou não seria imperatriz. Justinian, líder da ONE, foi a ponte entre Porto e Coimbra. As duas portuguesas atuaram como marionetes; a ONE assumiu o controle total dos dois Condados — militar e politicamente. KAP - Quando Coimbra declarou independência, o senhor já suspeitava da influência estrangeira? Ou isso só ficou explícito depois da formação de exércitos e tomadas de cidades? Alfredo - Eu já suspeitava — fui procurado, tempos antes, para integrar essa articulação. Recusei. Eu tinha acabado de retornar de um longo retiro, ainda tentando entender a realidade atual. Mas percebi cedo demais que havia influência externa — e rejeitei qualquer vínculo com ela. KAP - Sobre a declaração de guerra de Coimbra: como o senhor explica a diferença entre o discurso bélico do governo coimbrão e a falta de resultados militares concretos até o momento? Alfredo - O povo português resiste a invasões há muito tempo. Subestimaram-nos novamente. Nossos inimigos confiam demais na narrativa; nós confiamos na união e no campo de batalha. Por isso falam muito, mas entregam pouco — e continuamos avançando. KAP - O senhor critica Vivian, critica Porto, critica Coimbra, critica italianos, e exalta a unidade do Reino — mas onde estava Alfredo quando o castelo caiu, quando as cidades foram tomadas e quando o povo enfrentou a guerra? Alfredo - Quando voltei do retiro, fui inicialmente levado a acreditar na versão de que o Porto estava sob ataque — e, por algum tempo, acreditei. Ainda era, até então, um cidadão de Coimbra e cheguei a ajudar o governo recém-eleito a recompor os estoques. Mas tudo mudou quando recebi o convite para me juntar ao movimento separatista. Recusei na hora. Rompi com o Porto e com a ONE. Vim para Lisboa — e daqui nunca mais saí. Quando Coimbra caiu, eu já estava em Lisboa, absorvendo toda a verdade. KAP - Na sua visão, por que Guarda se tornou o epicentro simbólico desta guerra? O que está em jogo ali além da posição estratégica? Alfredo - Guarda — e, em menor escala, Alcobaça — tornaram-se símbolos por um motivo simples: ali se provou a verdade. Mostrou-se o que tropas portuguesas, unidas e bem preparadas, são capazes de fazer contra invasores e traidores. Ali nasceu o medo deles — e ali renasceu a esperança do nosso povo. KAP - O senhor afirma que o governo separatista se rendeu à influência dos italianos. Como isso se manifesta na prática — em decisões militares, administrativas ou simbólicas? Pode citar exemplos específicos? Alfredo - A influência italiana se manifesta de forma muito concreta: — chegaram com barcos cheios de soldados e eleitores; — manipularam eleições; — tomaram o poder pela força; — enforcaram inocentes; — calaram críticos. A ONE estacionou o poder militar em Coimbra e o marítimo no Porto, mas os resultados não estão saindo como esperavam. KAP - O senhor acredita que a população do Porto, de Coimbra e de Lisboa compreende plenamente o que está acontecendo nos bastidores? Ou parte dela está sendo manipulada por informações incompletas ou distorcidas? Alfredo - A insistência em espalhar mentiras revela a intenção: manipular. Basta observar os exércitos em Alcobaça: nomes estrangeiros por toda parte. A população busca informações, mas é enganada — como eu mesmo cheguei a ser. Os presos e enforcados pelo governo de Rubya e pela imperatriz do Porto são provas dolorosas dessa manipulação. KAP - Como defensor da unidade nacional, que futuro o senhor vê para Portugal após a guerra? A reconciliação será possível, ou esta crise deixou feridas profundas demais para serem ignoradas? Alfredo - Acredito plenamente na reconciliação. Porto e Coimbra são maiores do que esses grupos que hoje os controlam. Quando vencermos — e venceremos — as pessoas certas voltarão ao poder, e a ordem será restabelecida. Não são os Condados que se rebelaram: são pessoas. E pessoas passam. Portugal permanece. Ao final da entrevista, Alfredo Lourenço de Sá reafirma uma narrativa que, goste-se ou não, vem encontrando eco entre parte significativa dos defensores da unidade régia: a de que a atual guerra não nasceu de diferenças legítimas entre os Condados, mas da instrumentalização dessas diferenças por agentes externos e por grupos locais que, derrotados eleitoralmente, buscaram alicerces fora de Portugal para recuperar poder. O tom direto e, por vezes, implacável das suas respostas reflete não apenas convicção pessoal, mas também a polarização crescente que acompanha cada novo capítulo da guerra. Se suas acusações encontram plena correspondência nos fatos ou se serão contestadas à medida que mais vozes forem ouvidas, é algo que a História ainda terá de arbitrar. Mas o impacto político é imediato: Alfredo posiciona-se como testemunha e parte ativa da luta pela manutenção da integridade nacional. Para ele, a guerra termina com a restauração da ordem e com o retorno dos “verdadeiros mandatários” aos governos do Porto e de Coimbra. Se essa previsão se concretizar — e a que custo — permanece uma incógnita. O que está claro é que, nas palavras do entrevistado, “Portugal permanece”, enquanto os responsáveis pelo conflito, de um lado ou de outro, serão julgados não só pelas armas, mas pelo peso da História. Augusto Bibiano d'Avis, para a KAP de PORTUGAL. ![]() _____________________________________________________________________________________ Artigo Jornalístico aprovado pelo Redator-Chefe Augusto Bibiano d'Avis. O que está achando dos nossos artigos e materiais publicados? Quer ser um Redator e fazer parte da Nossa Equipe? Pegue aqui o modelo de Formulário. Apresente o formulário na Sede da KAP Portugal ou envie o formulário, através de Mensagem Privada no Fórum 1, para o Redator-Chefe Augusto Bibiano d'Avis. Quer fazer valer a tua voz? Precisa de Direito de Resposta? 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| Product | Price | Variation |
| Loaf of bread | 4.48 | -0.67 |
| Fruit | 9.19 | 0.56 |
| Bag of corn | 2.89 | -0.01 |
| Bottle of milk | 7.96 | 0 |
| Fish | 10.3 | -1.55 |
| Piece of meat | 18.19 | 2.42 |
| Bag of wheat | 10.34 | 0.04 |
| Bag of flour | 11.23 | 0.38 |
| Hundredweight of cow | 22.29 | 1.84 |
| Ton of stone | 13.82 | 0 |
| Half-hundredweight of pig | 14.4 | 0 |
| Ball of wool | 7.31 | -0.38 |
| Hide | 14.3 | 0 |
| Coat | N/A | N/A |
| Vegetable | 6.93 | 0.99 |
| Wood bushel | 3.94 | -0.57 |
| Small ladder | 22.5 | 0 |
| Large ladder | 63.75 | 4.88 |
| Oar | 30 | 0 |
| Hull | 28.04 | 0 |
| Shaft | 8 | 1.25 |
| Boat | 82.5 | 0 |
| Stone | 14.39 | 1.08 |
| Axe | 143 | -2.5 |
| Ploughshare | N/A | N/A |
| Hoe | N/A | N/A |
| Ounce of iron ore | 17.81 | -0.08 |
| Unhooped bucket | 22.75 | 0 |
| Bucket | 32.25 | -0.25 |
| Knife | 12.71 | 0 |
| Ounce of steel | 58 | 0 |
| Unforged axe blade | 70 | 0 |
| Axe blade | 123.13 | 0 |
| Blunted axe | 140.13 | 0 |
| Hat | 47.56 | 0 |
| Man's shirt | 107.2 | 5.08 |
| Woman's shirt | 83.44 | 0 |
| Waistcoat | 139.91 | 0 |
| Pair of trousers | 58.06 | 0 |
| Mantle | 269.98 | 0 |
| Dress | 202.5 | 0 |
| Man's hose | 43 | 0 |
| Woman's hose | 35.62 | 0 |
| Pair of shoes | 21.19 | 0 |
| Pair of boots | 63.75 | 0 |
| Belt | 37.06 | 0 |
| Barrel | 10.15 | 0 |
| Pint of beer | 0.64 | 0 |
| Barrel of beer | 66.29 | 0 |
| Bottle of wine | N/A | N/A |
| Barrel of wine | N/A | N/A |
| Bag of hops | 13.99 | 0 |
| Bag of malt | N/A | N/A |
| Sword blade | 131.56 | 0 |
| Unsharpened sword | 103.13 | 0 |
| Sword | 156.33 | 0 |
| Shield | 35.63 | 0 |
| Playing cards | 63.13 | 0 |
| Cloak | 147.69 | 0 |
| Collar | 57.25 | 0 |
| Skirt | 103.5 | 0 |
| Tunic | 195 | 0 |
| Overalls | 102.44 | 0 |
| Corset | 102.44 | 0 |
| Rope belt | 46 | 0 |
| Headscarf | 53.63 | 0 |
| Helmet | 138.75 | 0 |
| Toque | 47.99 | 0 |
| Headdress | 70.69 | 0 |
| Poulaine | 59.25 | 0 |
| Cod | 17.5 | 0 |
| Conger eel | 11.88 | 0 |
| Sea bream | 15.06 | 0 |
| Herring | 21.34 | 0 |
| Whiting | 18.44 | 0 |
| Skate | 16.38 | 0 |
| Sole | 17.38 | 0 |
| Tuna | 17.69 | 0 |
| Turbot | 18.28 | 0 |
| Red mullet | 18.5 | 0 |
| Mullet | 17.69 | 0 |
| Scorpionfish | N/A | N/A |
| Salmon | 18 | 0 |
| Arctic char | N/A | N/A |
| Grayling | 17.01 | 0 |
| Pike | 15.43 | 0 |
| Catfish | N/A | N/A |
| Eel | 16.81 | 0 |
| Carp | 13.75 | 0 |
| Gudgeon | 17.81 | 0 |
| Trout | 17.94 | 0 |
| Pound of olives | 11.88 | 0 |
| Pound of grapes | 6.61 | 0.05 |
| Sack of barley | 16.88 | 0 |
| Half-hundred weight of goat carcasses | N/A | N/A |
| Bottle of goat's milk | 12.81 | 0 |
| Tapestry | 107.19 | 0 |
| Bottle of olive oil | 126.25 | 0 |
| Jar of agave nectar | N/A | N/A |
| Bushel of salt | 24.81 | 0 |
| Bar of clay | 2.31 | -1 |
| Cask of Scotch whisky | 93.75 | 0 |
| Cask of Irish whiskey | 98.75 | 0 |
| Bottle of ewe's milk | 14.07 | 0 |
| Majolica vase | N/A | N/A |
| Porcelain plate | N/A | N/A |
| Ceramic tile | N/A | N/A |
| Parma ham | 92.5 | 0 |
| Bayonne ham | 80.31 | 0 |
| Iberian ham | 79.5 | 0 |
| Black Forest ham | 81.25 | 0 |
| Barrel of cider | 79.06 | 0 |
| Bourgogne wine | 84.38 | 0 |
| Bordeaux wine | 60.63 | 0 |
| Champagne wine | 179.38 | 0 |
| Toscana wine | 75 | 0 |
| Barrel of porto wine | 88.75 | 0 |
| Barrel of Tokaji | 130 | 0 |
| Rioja wine | 108.44 | 0 |
| Barrel of Retsina | 90.63 | 0 |
| Pot of yoghurt | 79.69 | 0 |
| Cow's milk cheese | 75 | 0 |
| Goat's milk cheese | 115 | 0 |
| Ewe's milk cheese | 85.38 | 0 |
| Anjou wine | 40.31 | 0 |
| Ewe carcass | 14.35 | 0 |
| Mast | 434.66 | 0 |
| Small sail | 183.63 | 0 |
| Large sail | 939.58 | 0 |
| Tumbler of pulque | N/A | N/A |
| Jar of pulque | N/A | N/A |