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![]() Lisboa (KAP) A KAP dá continuidade à série de entrevistas com algumas das principais figuras políticas do Reino. Desta vez, ouvimos Lady Bela Alves-Furtado de Highlander Silva, Condessa de Lisboa, governante de um dos únicos territórios que atravessam a guerra sem rupturas internas e que sustenta, ao lado da Coroa, a espinha dorsal da legalidade régia. Com postura cautelosa, mas firme, Lady Bela comenta o impacto da rebelião de Coimbra e do levante no Porto, descreve os ajustes administrativos impostos pela guerra, aborda a influência de grupos estrangeiros e reafirma o compromisso de Lisboa com a estabilidade nacional. A Condessa evita excessos retóricos e responde com o mesmo tom que tem caracterizado a sua administração: institucionalidade, prudência e foco na proteção da população. A seguir, a KAP apresenta a íntegra da entrevista, na qual Lady Bela expõe sua visão sobre o presente conflito, os riscos que ele traz para a unidade portuguesa e as perspectivas para a reconstrução pós-guerra. KAP - Como Vossa Graça avalia o impacto da rebelião declarada por Coimbra e do movimento insurgente do Porto sobre a estabilidade nacional e o papel de Lisboa nesse cenário? Lady Bela - Os recentes acontecimentos em Coimbra e no Porto são, sem dúvida, motivos de preocupação para o Reino. A situação em Coimbra decorre, em grande parte, da presença de grupos recém-instalados no território, o que fragilizou estruturas locais e trouxe insegurança aos seus antigos moradores, muitos dos quais hoje se encontram ao lado de Lisboa, preservando sua identidade e dignidade. Quanto ao Porto, sua adesão a certas organizações cria dificuldades adicionais; ainda assim, mantenho a esperança de que, no futuro, o diálogo possa prevalecer. Lisboa busca agir de forma responsável, contribuindo para a preservação da ordem e do bem-estar coletivo, sem jamais perder de vista que todos fazemos parte da mesma nação. KAP - A guerra alterou a forma como o Condado de Lisboa administra seus recursos, prioridades e estratégias internas? Que ajustes administrativos se tornaram necessários desde o início do conflito? Lady Bela - Em momentos de instabilidade, é natural que um condado responsável reavalie suas prioridades. Lisboa tem se concentrado na proteção de seus cidadãos, no funcionamento regular de suas instituições civis e no equilíbrio econômico, buscando garantir o abastecimento da população. Tem também focado na segurança do Condado de forma geral. KAP - Qual tem sido o grau de cooperação e coordenação entre o Condado de Lisboa e a Coroa na condução das operações militares? Há alinhamento estratégico? Lady Bela - Por razões de segurança, não me é possível abordar aspectos de natureza estratégica. Posso, porém, afirmar com tranquilidade que Lisboa mantém um relacionamento institucional sólido com a Coroa, pautado na responsabilidade, na lealdade e na busca pelo bem comum. KAP - Na visão de Vossa Graça, quais são as principais fragilidades — internas ou externas — que permitiram que movimentos separatistas ganhassem força nos últimos meses? Lady Bela - Na minha avaliação, os movimentos separatistas ganharam espaço sobretudo devido a dois fatores que se entrelaçam: O primeiro foi a chegada de grupos estrangeiros que, ao se instalarem em determinadas regiões, alteraram o equilíbrio natural das estruturas locais. Essa mudança repentina criou um cenário propício a tensões e a interpretações diversas sobre legitimidade e autoridade. O segundo fator é a disputa interna por poder. Alguns veem oportunidade para fazer prevalecer suas vontades sobre o coletivo, e isso geralmente afasta o diálogo. KAP - Lisboa considera possível, após o conflito, uma reintegração política e social das regiões que hoje se declaram independentes, ou o dano à unidade nacional é irreversível? Lady Bela - Se houver boa-fé, respeito mútuo e disposição para reconstruir pontes, a reintegração é possível. KAP - O Condado está preparado para enfrentar uma guerra prolongada, tanto em termos logísticos quanto econômicos? Há risco de desgaste para a população lisboeta? Lady Bela - Por motivos de segurança, não posso comentar estratégias ou perspectivas de duração de conflitos. O que posso afirmar é que Lisboa trabalha para manter sua população protegida, abastecida e em segurança. Nossa economia segue funcionando, nossa estrutura administrativa permanece organizada e nossos cidadãos têm demonstrado admirável resiliência. A prioridade absoluta é preservar a qualidade de vida da população lisboeta, e tudo tem sido feito com esse propósito. Lisboa tem garantido minas abertas em todas as suas povoações, de forma a assegurar o sustento dos lisboetas. Trabalhamos também para garantir o pleno funcionamento da Universidade e dedicamos atenção especial aos mercados, de modo a manter equilíbrio entre disponibilidade e custo dos bens de consumo. KAP - Em meio a uma crise desta magnitude, que mensagem Vossa Graça gostaria de transmitir aos portugueses — tanto os que permanecem fiéis à Coroa quanto aqueles sob domínio das lideranças rebeldes? Lady Bela - Dirijo-me a todos os portugueses que, de coração e identidade, continuam a se reconhecer como parte deste Reino que atravessa tempos difíceis. A estes, desejo transmitir serenidade, coragem e confiança. Aproveito a oportunidade para falar diretamente aos queridos lisboetas. Reafirmo que não mediremos esforços para proteger cada cidadão. Quero igualmente que saibam que as portas dos gabinetes dos conselheiros estão sempre abertas. Qualquer cidadão lisboeta que enfrente dificuldades, incertezas ou necessidades deve procurar auxílio sem hesitação. Lisboa permanece firme, unida e amparada. O que nos mantém fortes é justamente a certeza de que ninguém caminha sozinho. A entrevista com Lady Bela Alves-Furtado reforça a imagem de uma governante que, mesmo cercada por turbulências externas, busca preservar a ordem interna e a coesão social de Lisboa. Suas respostas — ponderadas, firmes e avessas a espetáculos — destacam a convicção de que a guerra, embora dolorosa, não precisa condenar definitivamente os laços entre os três Condados. A Condessa insiste que a reintegração é possível, desde que haja boa-fé e compromisso com o bem comum. E, ao dirigir-se diretamente aos lisboetas, reafirma uma mensagem de amparo e estabilidade que contrasta com a desorganização em outras regiões do Reino. Enquanto o conflito prossegue, a visão de Lady Bela revela como Lisboa enxerga o papel que lhe cabe: o de guardiã da normalidade institucional e ponto de equilíbrio num país fendido por disputas e influências externas. A KAP agradece a disponibilidade da Condessa de Lisboa e continuará seguindo atentamente os desdobramentos da guerra e seus impactos na vida dos portugueses. Augusto Bibiano d'Avis, para a KAP de PORTUGAL. ![]() ______________________________________________________________________________________________________________________________________ Artigo Jornalístico aprovado pelo Redator-Chefe Augusto Bibiano d'Avis. O que está achando dos nossos artigos e materiais publicados? Quer ser um Redator e fazer parte da Nossa Equipe? Pegue aqui o modelo de Formulário. Apresente o formulário na Sede da KAP Portugal ou envie o formulário, através de Mensagem Privada no Fórum 1, para o Redator-Chefe Augusto Bibiano d'Avis. Quer fazer valer a tua voz? Precisa de Direito de Resposta? Apresenta o pedido na Sede da KAP Portugal ou na KAP Internacional. Tens alguma violação à Carta da KAP para denunciar? Compareça na KAP Internacional e deixa tua denúncia. Ohh, não conheces a Carta da KAP? Leia a nossa Carta na Sede da KAP Portugal. ![]() Lisboa (KAP) No momento em que a guerra já não se mede apenas por cidades perdidas ou reconquistadas, mas pela disputa de narrativas que moldarão o futuro político do Reino, a KAP ouviu uma das figuras mais persistentes e combativas do debate público: Alfredo Lourenço de Sá, presença constante nas praças e um dos mais vocais defensores da unidade portuguesa. A sua intervenção pública mais recente — na qual afirmou “saber de tudo sobre a guerra” e acusou diretamente a liderança do Porto e de Coimbra de se alinharem à ONE — despertou forte interesse editorial. Ao longo da entrevista, Alfredo reconstrói os acontecimentos desde os primeiros sinais de ruptura no Porto, identifica nomes e articulações que, segundo ele, prepararam o terreno para a atual guerra civil, e apresenta a sua versão para a ascensão da influência estrangeira nos dois Condados. Com declarações contundentes, Alfredo revisita a eleição de Dunlop, a tomada do castelo do Porto, a aproximação da ONE, o papel de Vivian Lara Viana, a atuação de Rubya e Justinian, e explica como, na sua leitura, forças externas e ressentimentos internos transformaram uma disputa condal numa crise nacional sem precedentes. A seguir, a KAP apresenta a entrevista completa com Alfredo Lourenço de Sá, cujos testemunhos procuram lançar luz sobre uma guerra cuja história ainda está a ser escrita em simultâneo aos combates. KAP - Quando, na sua avaliação, começaram os primeiros sinais da crise que resultaria na guerra? Houve algum episódio específico que lhe chamou atenção como um ponto de ruptura inicial? Alfredo - Os primeiros sinais da crise surgiram quando foi criada uma lista rival ao governo vigente do Porto. A partir dali tornou-se evidente uma ruptura interna: eleição após eleição, essa lista perdia cadeiras e acumulava ressentimento. Ali, naquele momento, iniciou-se a escalada que culminaria na guerra. KAP - O senhor afirma que Coimbra e Porto estavam alinhados com “a vinda dos italianos”. Quando e como esse alinhamento, segundo suas informações, teria começado? Quem foram os primeiros articuladores? Alfredo - Os articuladores do alinhamento com a vinda dos italianos são os mesmos que perderam a disputa para a lista de Dunlop. Temiam entregar o Condado — que julgavam ser deles por direito — e começaram a costurar acordos externos para preservar o próprio poder. KAP - Antes da ruptura, como o senhor descreve o clima político entre os três Condados? Havia tensões claras ou a ruptura foi surpresa para a maioria da população? Alfredo - Houve, sim, um período de paz. No reinado de Carlos, os três Condados conviviam de forma relativamente harmoniosa; divergências existiam, como em qualquer estrutura política, mas a unidade era real. Tudo começou a mudar depois do episódio do Anxo Ribeiro e, principalmente, quando a ONE foi trazida para Portugal. A partir dali, tensões que antes eram passageiras transformaram-se em divisões profundas. O equilíbrio que existia ruíu — não por rivalidade natural entre os Condados, mas pela entrada de forças externas que desestabilizaram completamente o cenário político. KAP - Sobre o Condado do Porto: o senhor menciona que Dunlop venceu a eleição e foi reconhecido como conde. Pode detalhar como se deu esse processo eleitoral e o que, na sua visão, motivou a facção rival a tomar o castelo logo após o resultado? Alfredo - A prova da eleição de Dunlop está registrada no Tribunal Régio. O governo deposto nunca cogitou respeitar a vontade popular; encarou o resultado como uma afronta pessoal. Temendo “estragarem” o trabalho que consideravam seu, rejeitaram a escolha do povo e correram, desesperados, atrás de “ajuda”. Não foi uma divergência política — foi puro ego. KAP - Ainda sobre esse episódio, qual foi o papel — formal e informal — de Vivian Lara Viana na tomada do castelo? Há relatos de apoio externo. O senhor confirma? Alfredo - Sim, houve apoio externo. Vivian Lara Viana e seus aliados sempre mantiveram contacto direto com Justinian, líder da ONE. Isso é público. Barcos indo e vindo, movimentação intensa no porto… basta ter meio neurônio para juntar as peças. O apoio estrangeiro não foi acidental; foi articulado. KAP - O senhor disse que “o governo do Porto se vendeu por proteção”. Poderia explicar o que isso significa em termos práticos? Quem ofereceu essa proteção e o que teria sido dado em troca? Alfredo - O governo do Porto se vendeu. A troca foi simples: poderio militar e eleitores em troca de um porto seguro para a ONE construir e reparar seus navios. Uma transação grosseira travestida de narrativa heroica — “libertar o Porto dos sulistas”. No fundo, venderam a autonomia por conveniência. KAP - Ao afirmar que o governo do Porto se vendeu por proteção, o senhor lança uma acusação grave. Pode apresentar nomes, provas ou fatos concretos ? Alfredo - As provas estão atracadas no porto — os barcos feitos lá, as movimentações navais constantes, e pessoas de outros países armadas servindo diretamente na defesa do castelo. Além disso, há provas públicas no próprio fórum, onde se podem ver declarações, registros e comportamentos que confirmam a presença e a participação ativa desses estrangeiros. Quanto aos nomes, pode colocar toda a lista atual e, claro, a dita “imperatriz”. O mercenário é Justiniano, líder da ONE. Nada disso está escondido: está exposto à vista de quem quiser ver. KAP - Em que momento começaram a surgir indícios de presença e influência direta de italianos no Porto e em Coimbra? Alfredo - Os indícios surgiram logo após a tomada do Porto. Assim que os “eleitores” atracaram, ficou claro o pacto. E quando Coimbra anunciou a independência, o Porto imediatamente seguiu o mesmo caminho, declarando apoio mútuo. Não é necessária grande imaginação para compreender o sincronismo. KAP - Qual foi a reação inicial da população do Porto quando percebeu movimentações políticas e militares incomuns dentro do próprio castelo? Houve resistência interna? Alfredo - Sim, houve resistência interna. A população que não compactuava com o golpe se revoltou. Dunlop enfrentou o processo como oposição legítima, mas o plano dos adversários estava muito bem articulado — e eles eram numerosos. A resistência existiu, mas foi abafada por estratégia e volume. KAP - A aliança política entre Porto e Coimbra foi anunciada de forma súbita. O senhor acredita que essa união já estava previamente preparada? Quem seriam, segundo suas informações, os principais articuladores? Alfredo - Tudo foi arquitetado por três figuras centrais: Rubya, Justinian e Vivian. A imperatriz não poderia estar de fora, ou não seria imperatriz. Justinian, líder da ONE, foi a ponte entre Porto e Coimbra. As duas portuguesas atuaram como marionetes; a ONE assumiu o controle total dos dois Condados — militar e politicamente. KAP - Quando Coimbra declarou independência, o senhor já suspeitava da influência estrangeira? Ou isso só ficou explícito depois da formação de exércitos e tomadas de cidades? Alfredo - Eu já suspeitava — fui procurado, tempos antes, para integrar essa articulação. Recusei. Eu tinha acabado de retornar de um longo retiro, ainda tentando entender a realidade atual. Mas percebi cedo demais que havia influência externa — e rejeitei qualquer vínculo com ela. KAP - Sobre a declaração de guerra de Coimbra: como o senhor explica a diferença entre o discurso bélico do governo coimbrão e a falta de resultados militares concretos até o momento? Alfredo - O povo português resiste a invasões há muito tempo. Subestimaram-nos novamente. Nossos inimigos confiam demais na narrativa; nós confiamos na união e no campo de batalha. Por isso falam muito, mas entregam pouco — e continuamos avançando. KAP - O senhor critica Vivian, critica Porto, critica Coimbra, critica italianos, e exalta a unidade do Reino — mas onde estava Alfredo quando o castelo caiu, quando as cidades foram tomadas e quando o povo enfrentou a guerra? Alfredo - Quando voltei do retiro, fui inicialmente levado a acreditar na versão de que o Porto estava sob ataque — e, por algum tempo, acreditei. Ainda era, até então, um cidadão de Coimbra e cheguei a ajudar o governo recém-eleito a recompor os estoques. Mas tudo mudou quando recebi o convite para me juntar ao movimento separatista. Recusei na hora. Rompi com o Porto e com a ONE. Vim para Lisboa — e daqui nunca mais saí. Quando Coimbra caiu, eu já estava em Lisboa, absorvendo toda a verdade. KAP - Na sua visão, por que Guarda se tornou o epicentro simbólico desta guerra? O que está em jogo ali além da posição estratégica? Alfredo - Guarda — e, em menor escala, Alcobaça — tornaram-se símbolos por um motivo simples: ali se provou a verdade. Mostrou-se o que tropas portuguesas, unidas e bem preparadas, são capazes de fazer contra invasores e traidores. Ali nasceu o medo deles — e ali renasceu a esperança do nosso povo. KAP - O senhor afirma que o governo separatista se rendeu à influência dos italianos. Como isso se manifesta na prática — em decisões militares, administrativas ou simbólicas? Pode citar exemplos específicos? Alfredo - A influência italiana se manifesta de forma muito concreta: — chegaram com barcos cheios de soldados e eleitores; — manipularam eleições; — tomaram o poder pela força; — enforcaram inocentes; — calaram críticos. A ONE estacionou o poder militar em Coimbra e o marítimo no Porto, mas os resultados não estão saindo como esperavam. KAP - O senhor acredita que a população do Porto, de Coimbra e de Lisboa compreende plenamente o que está acontecendo nos bastidores? Ou parte dela está sendo manipulada por informações incompletas ou distorcidas? Alfredo - A insistência em espalhar mentiras revela a intenção: manipular. Basta observar os exércitos em Alcobaça: nomes estrangeiros por toda parte. A população busca informações, mas é enganada — como eu mesmo cheguei a ser. Os presos e enforcados pelo governo de Rubya e pela imperatriz do Porto são provas dolorosas dessa manipulação. KAP - Como defensor da unidade nacional, que futuro o senhor vê para Portugal após a guerra? A reconciliação será possível, ou esta crise deixou feridas profundas demais para serem ignoradas? Alfredo - Acredito plenamente na reconciliação. Porto e Coimbra são maiores do que esses grupos que hoje os controlam. Quando vencermos — e venceremos — as pessoas certas voltarão ao poder, e a ordem será restabelecida. Não são os Condados que se rebelaram: são pessoas. E pessoas passam. Portugal permanece. Ao final da entrevista, Alfredo Lourenço de Sá reafirma uma narrativa que, goste-se ou não, vem encontrando eco entre parte significativa dos defensores da unidade régia: a de que a atual guerra não nasceu de diferenças legítimas entre os Condados, mas da instrumentalização dessas diferenças por agentes externos e por grupos locais que, derrotados eleitoralmente, buscaram alicerces fora de Portugal para recuperar poder. O tom direto e, por vezes, implacável das suas respostas reflete não apenas convicção pessoal, mas também a polarização crescente que acompanha cada novo capítulo da guerra. Se suas acusações encontram plena correspondência nos fatos ou se serão contestadas à medida que mais vozes forem ouvidas, é algo que a História ainda terá de arbitrar. Mas o impacto político é imediato: Alfredo posiciona-se como testemunha e parte ativa da luta pela manutenção da integridade nacional. Para ele, a guerra termina com a restauração da ordem e com o retorno dos “verdadeiros mandatários” aos governos do Porto e de Coimbra. Se essa previsão se concretizar — e a que custo — permanece uma incógnita. O que está claro é que, nas palavras do entrevistado, “Portugal permanece”, enquanto os responsáveis pelo conflito, de um lado ou de outro, serão julgados não só pelas armas, mas pelo peso da História. Augusto Bibiano d'Avis, para a KAP de PORTUGAL. ![]() _____________________________________________________________________________________ Artigo Jornalístico aprovado pelo Redator-Chefe Augusto Bibiano d'Avis. O que está achando dos nossos artigos e materiais publicados? Quer ser um Redator e fazer parte da Nossa Equipe? Pegue aqui o modelo de Formulário. Apresente o formulário na Sede da KAP Portugal ou envie o formulário, através de Mensagem Privada no Fórum 1, para o Redator-Chefe Augusto Bibiano d'Avis. Quer fazer valer a tua voz? Precisa de Direito de Resposta? Apresenta o pedido na Sede da KAP Portugal ou na KAP Internacional. Tens alguma violação à Carta da KAP para denunciar? Compareça na KAP Internacional e deixa tua denúncia. Ohh, não conheces a Carta da KAP? Leia a nossa Carta na Sede da KAP Portugal. ![]() Lisboa (KAP) Em meio ao conflito mais profundo da história recente de Portugal, a KAP, dando sequência à série de entrevistas, ouviu uma das vozes mais marcantes, contestadas e, ao mesmo tempo, reverenciadas do panorama político coimbricense: Laurinha Eleanor Nóbrega de Andrade, ex-Condessa de Coimbra e figura central na resistência legalista. Após anos à frente de um dos condados mais estáveis e cooperativos do Reino, Laurinha viu, poucos meses depois de deixar o cargo, sua terra natal mergulhar numa crise política e militar provocada — segundo afirma — por uma infiltração estrangeira coordenada e por um governo “autocrático, abusivo e alheio à vontade do povo”. Nesta entrevista exclusiva, Laurinha revisita os primeiros sinais de instabilidade, detalha como se deu a perda da autonomia coimbricense, acusa os atuais ocupantes de manipulação, perseguição judicial e destruição institucional, e explica por que decidiu abandonar a postura diplomática para tomar a espada e lutar na linha de frente. Entre memórias, denúncias e projeções para o futuro, a ex-Condessa oferece um testemunho incisivo sobre a guerra, sobre o destino político de Coimbra e sobre o papel que ela acredita ainda ter na reconstrução do condado. A KAP apresenta, a seguir, a íntegra da entrevista com Laurinha Eleanor Nóbrega de Andrade, oferecendo ao leitor sua visão sobre a crise coimbrã. KAP - Quando a senhora deixou o cargo de Condessa, imaginava que Coimbra seria invadida tão rapidamente? Laurinha - Não, claro que não, Coimbra era um condado pacífico, o qual governei junto dos meus estimados conselheiros por anos; mas permita-me uma correcção, o cargo de Condessa caiu nas mãos de Dama Brankyta por um mandato; de repente, imensos estrangeiros começaram a aparecer, a viver nas nossas cidades, e no mandato seguinte tudo mudou. Apareceu uma lista de pessoas de fora, vindos de Itália, que perturbaram a ordem de Coimbra. Desde esse dia, Coimbra já não foi mais Coimbra, a nossa Coimbra. KAP - A senhora acredita que houve sinais prévios de instabilidade que não foram compreendidos à época? Laurinha - Sim, houve sinais, fui convocada um dia, enquanto ainda Condessa de Coimbra a participar de um diálogo entre os condes dos 3 condados e o Rei (o anterior rei mais precisamente). Lisboa dizia ter provas de que no Porto eram contruídos barcos para a organização chamada ONE. O Porto negou as acusações e eu mantive sempre a neutralidade de Coimbra. Ao contrário do que se pensa e diz, Coimbra sempre foi neutra. Foi depois dessa conversa que Coimbra sofreu a invasão de um monte de habitantes, e logo nas eleições seguintes apareceu uma lista concorrente. Numa situação normal, ter duas listas a concorrer é normal, é saudável e obriga ao diálogo. O que aconteceu foi o oposto: uma instabilidade política que acabou com a paz, tendo dado origem a um governo insuportável, que nenhum dos intervenientes gostaria de recordar. Foi na sequência deste mandato instável que fui contactada por um representante da ONE, no qual nos era prometida ajuda para Coimbra. Mantivemos diálogo, foi-nos prometida ajuda pelo Sr. Susaku, mas depois quando tentávamos apurar as verdadeiras intenções, fomos recebidos com respostas vagas e nada a que cheirasse sequer a fidedigno. Entretanto chegou aquela coisa autocrática e convencida ao poder, que parecia acreditar piamente que tinha sido a vontade do povo de Coimbra a colocá-la lá, e foi o que se viu. KAP - Como recebeu a notícia de que sua gestão foi seguida, meses depois, por uma invasão orquestrada? Laurinha - Com desagrado, como é óbvio, dado que estão a destruir em poucos meses o que levou anos a construir. Mas sei que o meu conselho nunca deixou de governar pela vontade do povo. KAP - A senhora classifica os invasores como revolucionários, usurpadores ou outra coisa? Por quê? Laurinha - Invasores. O interesse deles não é Coimbra, nunca foi. Nem do Porto. Nem de Portugal. Estão-se nas tintas para quem se senta no trono, se não fosse a Rainha Sofia era outro qualquer. Eles têm uma agenda, só vêm os seus próprios interesses, mas mascaram-se atrás de propaganda de independência, liberdade e afins. Senão, veja: indique-me um governo que não tenha encontrado resistência ou má vontade da parte de alguém. Até mesmo de pessoas que integraram anteriormente outros governos. Agarraram num insatisfeito, sussurraram o que eles queriam ouvir e de repente está tudo virado do avesso. Colocam os habitantes em tribunal sem motivo algum, sem sequer ter o suporte da LOC, que foi a primeira a ser abolida, nem se dão ao trabalho de arranjar condenações que façam sentido, algumas nem em português estão, condenam inocentes, criam a sua própria lei não escrita, para privar os que não lhes prestam vassalagem, e de repente anos de trabalho e confiança vão pelo cano abaixo. E não o fizeram só uma vez, pois sempre que as eleições se aproximam abrem processos para condenar todos os de Coimbra que não lhe são de agrado. Para quê? Para que não votem? KAP - O discurso deles costuma mencionar “soberania” e “liberdade”. Como reage a essa narrativa? Laurinha - Soberania e liberdade, isso foi o que eles tiraram, não o que trouxeram. A filosofia do “ou estás comigo ou estás contra mim” foi instaurada no segundo dia. Mal começaram a ser questionados sobre o real estado do condado, aboliram relatórios, abriram os tribunais com acusações falsas, fecharam minas e acabaram com a produção de animais. De repente, deixou de haver liberdade para transitar de cidade para cidade. Então e os mercadores? Deixaram de poder andar livremente? Coimbra tem uma cidade madeireira, de repente não se conseguia chegar a lado nenhum, em que é que isso é liberdade? Onde é que está a vontade soberana do povo? Ou estão muito desorientados ou não repararam que estão a fazer o contrário daqui que apregoam. Nem eles são assim tão iludidos… ou tão incultos. Embora haja quem desempenhe bem o papel. KAP - Em algum momento a senhora foi procurada ou convidada a aderir ao movimento deles? Laurinha - Sim, várias vezes, mas nunca decidi nada sozinha; eu era Condessa, mas isso não fazia de mim o supra-sumo do conhecimento; os meus conselheiros participaram das reuniões e em conjunto, decisões foram tomadas. De acordo com a lei, como era devido. KAP - A senhora foi vista como reticente no início do conflito, mas hoje atua na linha de frente. O que provocou essa mudança? Laurinha - Reticente não estava, mas também não estava predisposta a partir de pressupostos que podiam não ser verdadeiros. Apesar de tudo, nunca fui unitária nem autocrata. Não fui eu que mudei, eu os meus conselheiros continuamos a defender Coimbra e o povo de Coimbra. A liberdade do povo, a justiça. Assim que vimos o rumo que as coisas estavam a tomar, a falta de diálogo, a autocracia instalada, o abuso de poder… soube que tinha de agir. KAP - Houve um momento específico — um ataque, uma informação, uma conversa — que a convenceu de que a via bélica era inevitável? Laurinha - O tribunal de Coimbra, cheio de acusações falsas sem a mínima sustentabilidade de provas, processos sem qualquer motivo ou fundamento... foi a gota de água. Tão ridículos que nem uma acusação era feita seguindo qualquer lei. E que a condenação já era decidida sem ouvir sequer o réu, tanto fazia que o réu comparecesse e se defendesse como ficasse cá fora a olhar para os pastos. KAP - Como é para uma ex-governante assumir agora o papel de soldado? Laurinha - É interessante, porque, continuo a lutar com a minha espada para e por Coimbra. Eu sempre fui por Coimbra. As pessoas que lutam a meu lado sempre foram por Coimbra. Muitos deles já foram governantes no passado, condes e condessas que desempenharam a sua função e hoje estão a meu lado, nas trincheiras. Não temos nada contra os outros condados, diálogo é fundamental, mas o meu coração, o coração dos meus companheiros de luta, bate por Coimbra. KAP - Coimbra Independente perdeu duas cidades e não obteve vitórias expressivas. Como a senhora avalia a condução militar do grupo no poder? Laurinha - Eu podia dizer que o grupo no poder somos nós, porque já temos do nosso lado duas cidades e eles zero. Mas isso seria descer ao nível deles. Porque a meu ver, também estas duas cidades representam a vontade do povo de Coimbra. O povo está farto desta pseudo-independência que só leva à fome, à prisão, à ausência da vida como a conhecem. KAP - Qual é, na sua visão, o maior erro estratégico da liderança rebelde até agora? Laurinha - Pergunte-me novamente quando a guerra acabar. Não creio que hajam erros, nós somos verdadeiros guerreiros, aqueles que não se vendem, aqueles que defendem a verdade e a justiça. Como estávamos era perfeito? Não. Mas era muito melhor que esta palhaçada actual. KAP - E qual o maior acerto das forças legais portuguesas? Laurinha - União e a coragem, sempre. Gostaria de parabenizar todos os meus camaradas nesta luta, tenho orgulho nos verdadeiros Coimbricenses, naqueles que defendem e sempre defenderam Coimbra. Aqueles que deixaram o conforto do seu lar, que não esconderam a cabeça na areia, que continuam a lutar pelos seus ideais. Nos meus conselheiros que são mais que amigos, são família. E que me voltarão a acompanhar quando me voltar a sentar na cadeira de Condessa de Coimbra, a verdadeira Condessa, legitimamente eleita. Acresce que todos estes meses na estrada fortaleceram laços que de outra forma não existiriam. Coimbra não foi a única a perseguir os seus habitantes, temos do nosso lado habitantes do Porto, que também foram injustamente perseguidos, e de Lisboa, que nos ofereceram a sua espada. KAP - A senhora acredita que Coimbra, e as forças legalistas portuguesas, ainda tem forças para se libertar totalmente? Laurinha - Claro! Não lutamos sozinhos, e até Jah está do nosso lado. Temos força, temos convicção, e queremos o que é nosso por direito de volta. KAP - Após tantos mandatos, como imagina o futuro político do condado? Com reconciliação ou com punição? Laurinha - A primeira medida é mandar a cadeira condal pela janela e colocar outra. Aquela cadeira deve estar empestada pelo fedor da falsidade e da ganância. O resto esperem para ver… Não sou vingativa, mas não esqueço. Nem quem nos fez bem… nem quem nos fez mal. KAP - Se a guerra terminasse hoje, qual deveria ser a prioridade absoluta para reconstruir Coimbra? Laurinha - Então, depois da cadeira substituída, voltaria a implementar a LOC e restabelecer a ordem e a paz. Trabalharia junto dos meus sempre competentes conselheiros para recuperar a solidez financeira e minorar os danos causados. E trabalhar em conjunto com os condados. Precisamos de união, não de mais desconfianças. KAP - A senhora sente responsabilidade — mesmo que indireta — por Coimbra ter sido atacada logo após sua saída? Laurinha - O seu a quem de direito. Coimbra não foi atacada porque eu lá estava, Coimbra foi atacada porque havia gente a quem as vinte e quatro horas do dia não chegava para olharem para o seu próprio umbigo, tiveram quem alimentasse essa paranóia e o resto é o que se vê. Eles roubam, matam e privam o povo da liberdade, e ainda tentam com que os maus da fita sejamos nós? Que estamos à meses fora de casa? Longe do que amamos, a comer o pó da estrada? Há gente iludida, há gente paranóica… e depois há aquela gente. KAP - Qual é sua maior dor nesse conflito? Perda territorial, vítimas, destruição ou a narrativa distorcida disseminada pelos invasores? Laurinha - Vários habitantes de Coimbra retiraram-se para o convento ou desistiram de viver no reino, por lhes terem tirado a liberdade. Pessoas que trabalharam em prol do condado durante anos, foram presos semanas a fio apenas porque sim. Alguns eram amigos de longa data, habitantes exemplares que eram uma mais valia para o Reino. Não fui eu que perdi, foi o condado e o Reino. KAP - Se pudesse enviar uma última mensagem aos coimbrenses que ainda vivem sob ocupação, o que diria? Laurinha - Juntem-se à luta, debaixo do estandarte dos generais leais ao condado caso possam, no SMI caso não possam, mas de alguma forma sejam a oposição. Não se vendam, todos unidos jamais seremos vencidos. Nós somos a verdadeira Coimbra, não se deixem afetar, nem pelos invasores nem pela sua verborreia barata. Já invadiram outros condados e outros países, sempre com a mesma tirania, a mesma conversa. Depois de limparem tudo o que existe, deixam cinzas e moribundos para trás enquanto avançam noutras direcções. Enquanto houver fôlego no corpo para lutar e força para segurar na espada, não vamos deixar que levem a melhor. Eu, da minha parte, sempre lutarei por Coimbra, sempre estimarei os conselheiros e habitantes de Coimbra que mesmo depois do que têm sofrido, ainda continuam a ser leais a verdadeira liberdade. Aquela que se conquista sem medo, sem opressão e por amor à pátria. Um bem aja a todos. Ao final, Laurinha Eleanor Nóbrega de Andrade revela-se não apenas uma testemunha privilegiada dos acontecimentos, mas uma protagonista que não se resignou ao colapso institucional que viu surgir após a sua saída do governo. Nas suas palavras, Coimbra não enfrenta apenas uma disputa territorial, mas uma tentativa sistemática de apagar sua identidade, silenciar seus habitantes e transformar em crime aquilo que antes era participação cívica. Para a ex-Condessa, a guerra não é uma escolha — é a única resposta possível diante do que classifica como “invasão mascarada de soberania” e “perseguição de inocentes”. A sua mensagem final dirige-se tanto aos que lutam quanto aos que ainda vivem sob ocupação: persistência, união e resistência. Entre a dor das perdas e a convicção das vitórias futuras, Laurinha reafirma um compromisso que, segundo diz, jamais abandonou: reconstruir Coimbra, restaurar suas instituições e devolver ao povo o governo que lhes foi arrebatado. A KAP agradece a franqueza e profundidade da ex-Condessa, cuja visão ajuda a compreender não apenas o que Coimbra vive hoje, mas também o que poderá vir a ser quando a guerra finalmente chegar ao seu desfecho. Augusto Bibiano d'Avis, para a KAP de PORTUGAL. ![]() _____________________________________________________________________________________ Artigo Jornalístico aprovado pelo Redator-Chefe Augusto Bibiano d'Avis. O que está achando dos nossos artigos e materiais publicados? Quer ser um Redator e fazer parte da Nossa Equipe? Pegue aqui o modelo de Formulário. Apresente o formulário na Sede da KAP Portugal ou envie o formulário, através de Mensagem Privada no Fórum 1, para o Redator-Chefe Augusto Bibiano d'Avis. Quer fazer valer a tua voz? Precisa de Direito de Resposta? Apresenta o pedido na Sede da KAP Portugal ou na KAP Internacional. Tens alguma violação à Carta da KAP para denunciar? Compareça na KAP Internacional e deixa tua denúncia. Ohh, não conheces a Carta da KAP? Leia a nossa Carta na Sede da KAP Portugal. ![]() Coimbra (KAP) Após sete semanas de cerco a Guarda, a KAP fala com Malvino, um soldado que, entre os muitos que participam do cerco, se tornou famoso por suas crónicas. Senhor Malvino, o vosso diário sobre o cerco de Guarda já anda de mão em mão, tanto no arraial como na corte. O que o levou, em plena guerra, a pegar na pena e escrever tudo o que vê e vive todos os dias? Foi apenas uma história que inventei para animar as noites, quando estou a beber, à fogueira, com os meus companheiros de guerra, mas há sempre aqueles que acham que o mundo gira à volta deles. Basta uma palavra e enfiam a carapuça como se lhes estivesse feita à medida. Não vou negar: tornam tudo mais divertido. Como disse o senhor Bibiano, transformei "o cerco num espetáculo de humilhação verbal" Humilhação? não tenho a culpa que fiquem tão fofos na tentativa de se defenderem de forma tão desesperada e humilhante de uma história que eu inventei. Mas deixe-me deixar aqui algo bem claro, o mundo gira para todos e não so para essas pessoas. Devo de estar a dizer algo surpeendente para alguns, mas acredito que haverá uma pessoa que consiga explicar com paciencia de forma a que eles entendam. Senhor Malvino, o que o trouxe a esta guerra? Foi dever, lealdade, necessidade… ou outra coisa qualquer? Não vim por obrigação nem por qualquer voto de glória. Vim por companheirismo, poucos conhecem o significado dessa palavra, vim pelo Barão de Vilalva de Guimarães Balyan e pelos que caminham ao nosso lado. Ora bem, o senhor Kokkas, por exemplo, jura que há pessoas que "já foram embora, mas estão cá", como se fosse possivel estar em dois lugares ao mesmo tempo e quem queira explodir ‘"invasores", e há quem, como eu e ao contrário dessas pessoas, tenha a vida que todos vêem… e a vida que ninguém imagina. Foi nessa outra vida, escondida entre sombras e segredos, que conheci o Barão Balyan e os demais — há mais de uma década, na cidade de Miranda. E é por isso que aqui estou. Senhor Malvino, o que pensa do artigo da KAP com o título “Quando a verborragia encontra a lâmina”? Acha que esse texto é justo consigo? Em que partes sente que a verdade foi laminada pelas palavras? Ah, o famoso artigo ‘Quando a verborragia encontra a lâmina’. Veja… o senhor Bibiano tem contas a acertar comigo, matei-lhe o primo na Guarda, e agora usa a KAP como escudo e espada para ajustar sentimentos. É curioso, não é? Ele escreve sobre mim com tanta paixão… mas não é ele que está aqui a entrevistar-me. Pergunto-me o porquê. Falta de coragem? Talvez excesso de parcialidade? De qualquer forma, agradeço-lhe a si por ter a coragem, que faltou a essa pessoa, para enfrentar este pequeno guerreiro. Em relação a torcer verdades: falam de ‘lutar pelo Reino contra a ditadura’, quando já todos sabemos que ditadura, hoje em dia, é apenas outra forma de dizer ‘Lisboa’. Por que razão o senhor Bibiano só entrevista os que andam a lutar para defender o poder que possuem? Mas nunca dá espaço àqueles que chamam de ‘traidores’ ou ‘membros de organizações criminosas’? Será por serem todos farinha do mesmo saco? Fica a dúvida… E quanto à tão proclamada justiça… outra palavra vazia nas bocas lisboetas. Colocam no comando dos exércitos alguém que traiu o país mais vezes do que existem pedras num caminho, um homem tão aterrorizado em perder o poder que até se recusou a fazer o trabalho que lhe competia como capitão do porto em Alcaçer do Sal quando o tribunal lhe exigiu provas para um processo. Mas claro: tudo isto é varrido para baixo do tapete e quem são os mauzinhos são os apelidados Filhos do Norte. Quando o senhor Bibiano escreve que eu ‘zombei das decisões políticas e militares da Coroa’, quase me enternece. A minha avó já dizia: a verdade magoa. Alguém tem de a dizer. E quando são os Filhos do Norte a fazê-lo, transformam-nos logo em alvos a ‘explodir’. Senhor Malvino, o que pensa das palavras de Kokkas de Monforte na entrevista que deu à KAP? E como avalia as decisões dele à frente dos exércitos durante o reinado da Rainha Sofia? Senhor Brigal, sejamos francos: o senhor Kokkas é limitado com palavras. Quando tenta juntar mais do que três numa frase, ninguém entende nada. Ainda hoje não percebo como é que os militares conseguem seguir a estratégia dele. Veja bem: ele diz que tem "o dever e o direito em defender nosso Reino de Portugal. A única ordem é a explosão os invasores." Explosão? No meu entender, o que ele anda a explodir é o povo. Esse, ele silencia sempre que pode. E pensa que os do Norte andam a dormir… mas é exactamente o contrário. Nada nos passa ao lado. Andamos a observar Lisboa há mais tempo do que imaginam. Depois acrescenta que com "a explosão dos invasores, depois é fácil e simples". Talvez devesse ter umas aulas de português, porque fácil e simples é entender o que as crianças escrevem, talvez essas crianças podessem ensinar qualquer coisa a esse individuo. A não ser que seja um código secreto... aí sim, o senhor Kokkas seria um génio, porque nós, o suposto “inimigo”, ficamos realmente a tentar decifrar o que raio ele quer dizer. Senhor Malvino, com tudo o que já viu neste cerco e conhecendo as forças dos dois lados, como acha que vai acabar o sítio de Guarda e esta guerra com Lisboa? O senhor Vilacovense disse na entrevista dele que “quando Coimbra cair, os que querem a independência do Porto vão embora também”. E disse-o com uma confiança tão grande que quase parece que Coimbra vai cair… mas é é nos encantos dele. Segundo ele, é só uma questão de tempo até a cidade desmaiar nos seus braços. E agora diga-me: se até a Rainha Sofia não resistiu a tal ‘charme’, como é que nós, meros mortais, havemos de resistir? Se calhar esta guerra nem acaba à espada, acaba em romaria de gente a cair rendida ao jeitinho do Vilacovense. A Guarda que se prepare: ou nos rendemos… ou morremos perdidos de amor por ele. Mas, sinceramente, entre o charme do Vilacovense, a poesia explosiva do Kokkas e a diplomacia duvidosa de Lisboa… diria que isto termina como todas as grandes tragédias: com alguém a tropeçar, outro a culpar o Norte e todos a jurarem que a culpa nunca é deles. Senhor Malvino, na vossa opinião, por que motivos Coimbra e Porto decidiram seguir o caminho da independência? E que tendes a dizer às vozes que clamam que esses Condados não se libertaram, mas antes caíram nas mãos de estrangeiros? Acredito que tenha respondido a essa pergunta, inconscientemente, numa pergunta anterior mas vamos lá, que Lisboa não gosta de ouvir tudo duas vezes, especialmente quando não lhes convém. Os Filhos do Norte passaram anos a observar, silenciosos, pacientes, quase como gatos a ver um frango assado que não lhes pertence. Só que chegou a um ponto em que a paciência acabou. Afinal, quando os grandes de Lisboa passam mais tempo a humilhar o povo do que a governar, alguém tem de fazer alguma coisa. Quanto à história de que "caímos nas mãos de estrangeiros", como o senhor diz, digo apenas isto: é curioso como Lisboa chama "estrangeiro" e "inimigo" a tudo o que não obedece às suas birras. Se amanhã o vento soprar do Norte, ainda dizem que é uma invasão viking. E mesmo que eu morra em batalha, que espero que não, ainda tenho cervejas para beber, sei que os que marcham comigo lutarão pelo poder do povo. Porque ao contrário de alguns, nós não lutamos por cadeiras, lutamos para que ninguém se sente nelas sozinho. Senhor Malvino, há ainda algo que queira dizer aos leitores da KAP? Aos leitores da KAP? Nada a acrescentar. Quem conhece os Filhos do Norte sabe bem que não andamos por aí a defender-nos de fantasmas, como fazem os de Lisboa cada vez que alguém lhes sopra verdades ao ouvido. Mas a si, sim… a si tenho algo a dizer. Primeiro, agradecer-lhe por ter ousado dar voz ao nosso lado, isso, hoje em dia, já é quase um acto de heroísmo. Depois, desejar-lhe boa sorte para conseguir publicar esta entrevista sem cortes, sem censura e, com um bocadinho de fé, sem ser perseguido por meia Lisboa armada. Ah! E claro… deixe-me só terminar com um pequeno orgulho pessoal: ao contrário das minhas histórias curtas, provocativas e mínimas, pelo menos já ganhei ao Kokkas em conhecimento de português. Ele explode invasores, eu explodo gramática… mas com muito mais estilo. Brigal para a KAP de PORTUGAL. ![]() _____________________________________________________________________________________ Artigo Jornalístico aprovado pelo Redator-Chefe Augusto Bibiano d'Avis. O que está achando dos nossos artigos e materiais publicados? Quer ser um Redator e fazer parte da Nossa Equipe? Pegue aqui o modelo de Formulário. Apresente o formulário na Sede da KAP Portugal ou envie o formulário, através de Mensagem Privada no Fórum 1, para o Redator-Chefe Augusto Bibiano d'Avis. Quer fazer valer a tua voz? Precisa de Direito de Resposta? Apresenta o pedido na Sede da KAP Portugal ou na KAP Internacional. Tens alguma violação à Carta da KAP para denunciar? Compareça na KAP Internacional e deixa tua denúncia. Ohh, não conheces a Carta da KAP? Leia a nossa Carta na Sede da KAP Portugal. ![]() Lisboa (KAP) Em meio ao mais prolongado conflito armado da história recente do Reino, a KAP entrevistou uma das figuras centrais da defesa régia: Vilacovense di Corleone, Duque de Alva, voz influente no alto comando militar. Após mais de um mês de combates, Vilacovense ocupa uma posição singular: veterano de governos cooperativos com Coimbra durante a gestão de Laurinha Eleanor Nóbrega de Andrade, ele agora enfrenta, no campo de batalha, o mesmo Condado sob liderança distinta — que, segundo afirma, “já não é governada por portugueses, mas por um grupo de italianos que tomou o poder”. O Duque descreve um cenário de guerra que evoluiu de tensões políticas latentes para uma ruptura frontal, marcada por deslocamentos populacionais, ataques pontuais e a consolidação estratégica da Coroa em cidades-chave. Alcobaça, administrada diretamente em nome da Rainha, tornou-se símbolo da resistência régia, enquanto Guarda segue como ponto de pressão constante entre tropas leais e separatistas. Em um momento no qual a população busca respostas, Vilacovense detalhou à KAP sua visão sobre o conflito, a capacidade militar dos separatistas, os erros estratégicos cometidos por Coimbra e o que considera o papel histórico da Coroa contra o que classifica como “invasores estrangeiros”, acompanhe conosco. KAP - Como Vossa Graça avalia o quadro geral da guerra após mais de um mês de operações? A situação corresponde ao que era esperado quando o conflito começou? Vilacovense - Bem desde já agradeço o convite para esta entrevista, quando tudo começou não era esperado o povo de Coimbra ser perseguido, acusados de inimigos e vistos em tribunal inúmeros habitantes com passado mais que provado. Quanto ás operações sim, podemos dizer que as mesmas correspondem ás expectativas. KAP - A defesa consolidada de Alcobaça tornou-se um marco desta guerra. Quais foram os principais fatores — logísticos, estratégicos ou humanos — que permitiram à Coroa manter controle firme e contínuo sobre a cidade? Vilacovense - Acima de tudo o povo que se juntou para expulsar os italianos do Condado de Coimbra, vieram roubar, pilhar e não fizeram mais porque nós conseguimos controlar os danos causados por eles. A Coroa tem sido incansável e o General Kokkas também. KAP - Antes da ruptura, Coimbra nunca foi considerada inimiga da Coroa, e Vossa Graça mesmo manteve cargos e relações políticas próximas com figuras como Laurinha Eleanor Nóbrega de Andrade. Como Vossa Graça interpreta essa transformação abrupta do quadro político? Vilacovense - Nos vários anos de governo em que participei nunca tomamos partido de nada nem ninguém, a Condessa Laurinha e todo o Conselho sempre foi respeitador em relação ás nossas instituições e até parceria com os outros Condados, porque juntos somos melhores, juntos somos mais fortes. Neste momento não existe Condado de Coimbra gerido por portugueses, são uma grupo de italianos que tomaram o poder, até que podem ver conseguiram colocar de parte a antiga Condessa, passando-a para porta voz. Estamos a ser roubados, fomos invadidos e parece que está tudo bem, pelo menos para os habitantes do Condado do Porto. Isto não é normal, prestar vassalagem aos invasores. KAP - Como comandante, Vossa Graça já enfrentou exércitos bem estruturados. Mas como enxerga a capacidade bélica de Coimbra hoje? Há organização real, ou apenas impulsos desordenados travestidos de estratégia? Vilacovense - Quanto ao governo do Condado de Coimbra, vejo inúmeros estrangeiros principalmente italianos que estão juntos, não sei qual a estratégica deles, mas quando se fartarem vão embora, já fizeram isto em vários locais. Quando á nossa organização está dentro do planeado, temos comida, soldados com vontade de aqui estar e prontos a dar a vida pelo nosso reino. KAP - A cidade de Guarda, após repetidas perdas de tropas, foi recolocada em Vila Franca. Isso indica falha de liderança militar em Coimbra, falta de recursos ou simples erro de cálculo estratégico? Vilacovense - A cidade da Guarda foi tomada pelo General Dunlop, está a fazer um excelente trabalho e felizmente recursos não falta graças á população que está ao nosso lado, a perca de tropas deve-se a fugazes ataques individuais, nem foi o Exercito do Satyrus que atacou foi tentativa de revolta que acaba sempre em morte dos que tentam tomar a casa do povo KAP - A guerra atual exige, além de força, disciplina moral e clareza política. Como Vossa Graça mantém o ânimo das tropas e garante que a moral não se abale diante da extensão do conflito? Vilacovense - Simplesmente porque não estamos a lutar por poder, estamos a lutar pelo nosso Reino, contra a ditadura e não existe força maior do que pessoas que são injustiçadas, levadas a tribunal e condenadas só porque sim, Prisão de 10 dias sem terem feito nada, isso sim revolta e dá animo para lutar contra a opressão e a injustiça KAP - Muitos afirmam que Coimbra superestimou sua capacidade militar e subestimou a resposta da Coroa. Vossa Graça concorda com essa visão? Ou enxerga outros fatores determinantes no desempenho fraco dos rebeldes? Vilacovense - Acho que eles foram apanhados de surpresa, pensaram que ia ser favas contadas e que não teriam resistência com a declaração da independência, tanto que criaram 2 exercitos e ficaram estacionados em Leiria com medo de serem surpreendidos. As revoltas das casas do povo foi prova disso. KAP - Do ponto de vista exclusivamente tático, Coimbra ainda tem como reverter o conflito — ou a guerra caminha para um desfecho inevitável? Vilacovense - Acho que a guerra é inevitável, os invasores italianos vão tentar construir barcos de guerra, roubar todos os minérios e bens de Coimbra, depois fugir e fazer o mesmo em outro Reino KAP - Por fim, Vossa Graça, que mensagem deseja transmitir ao povo português — especialmente àqueles que temem a expansão da guerra — sobre o futuro da campanha e a segurança do Reino? Vilacovense - Estejam mesmo preparados para a guerra, como muitos já conseguiram fugir das suas cidades para se juntar a nós, mais viram com o tempo, estejam preparados pois só haverá paz quando os invasores forem embora, quanto aos cidadãos do Condado do Porto estejam atentos e descansados pois quando Coimbra cair os que querem a independência do Porto vão embora também. Ao final da entrevista, o Duque de Alva deixou claro que, para o alto comando da Coroa, esta guerra não é meramente territorial, mas existencial. Nas suas palavras, o combate não se trava “por poder”, mas “pelo Reino” — e pelo que descreve como defesa contra uma “ditadura” e uma “invasão organizada” por estrangeiros. Sua mensagem final, dirigida sobretudo aos habitantes inquietos de todo o Reino, foi simultaneamente dura e promissora: o povo deve “estar preparado para a continuação da guerra”, mas pode confiar, afirma, que a paz virá “quando os invasores forem embora”. Aos cidadãos do Porto, deixou ainda um recado direto de que, na sua visão, a instabilidade separatista também é temporária: “quando Coimbra cair, os que querem a independência do Porto vão embora também”. Entre alertas, garantias e acusações, a entrevista com Vilacovense di Corleone revela o clima de urgência que atravessa o Reino — e torna evidente que, segundo o comando militar régio, a guerra está longe de terminada, mas segue, para a Coroa, dentro do esperado. Augusto Bibiano d'Avis, para a KAP de PORTUGAL. ![]() _____________________________________________________________________________________ Artigo Jornalístico aprovado pelo Redator-Chefe Augusto Bibiano d'Avis. O que está achando dos nossos artigos e materiais publicados? Quer ser um Redator e fazer parte da Nossa Equipe? Pegue aqui o modelo de Formulário. Apresente o formulário na Sede da KAP Portugal ou envie o formulário, através de Mensagem Privada no Fórum 1, para o Redator-Chefe Augusto Bibiano d'Avis. Quer fazer valer a tua voz? Precisa de Direito de Resposta? Apresenta o pedido na Sede da KAP Portugal ou na KAP Internacional. Tens alguma violação à Carta da KAP para denunciar? Compareça na KAP Internacional e deixa tua denúncia. Ohh, não conheces a Carta da KAP? Leia a nossa Carta na Sede da KAP Portugal.
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| Product | Price | Variation |
| Loaf of bread | 4.56 | -0.28 |
| Fruit | 9.92 | 0 |
| Bag of corn | 3.7 | 0.87 |
| Bottle of milk | 9.48 | 0.11 |
| Fish | 20.26 | 0.06 |
| Piece of meat | 12.25 | 0.13 |
| Bag of wheat | 10.89 | -0 |
| Bag of flour | 12.88 | 1.64 |
| Hundredweight of cow | 20.53 | 0.33 |
| Ton of stone | 10.44 | -0 |
| Half-hundredweight of pig | 15.41 | 0.05 |
| Ball of wool | 10.86 | -0.14 |
| Hide | 16.32 | -0.06 |
| Coat | 49.5 | 0 |
| Vegetable | 9.38 | -0.18 |
| Wood bushel | 4.19 | 0.08 |
| Small ladder | 20.18 | 0 |
| Large ladder | 68.02 | 0 |
| Oar | 20 | -0 |
| Hull | 36.49 | 0 |
| Shaft | 8.16 | -0.14 |
| Boat | 99.33 | 0.63 |
| Stone | 18.32 | -0.11 |
| Axe | 150.74 | 0 |
| Ploughshare | 38.44 | 0 |
| Hoe | 30 | 0 |
| Ounce of iron ore | 11.52 | 0.2 |
| Unhooped bucket | 21.88 | 0 |
| Bucket | 37.73 | 0 |
| Knife | 17.89 | 0 |
| Ounce of steel | 49.04 | -0.06 |
| Unforged axe blade | 53.91 | 0 |
| Axe blade | 116.44 | 0 |
| Blunted axe | 127.79 | -2.51 |
| Hat | 53.38 | 0.08 |
| Man's shirt | 119.57 | 0.12 |
| Woman's shirt | 121.14 | 0 |
| Waistcoat | 141.4 | 0 |
| Pair of trousers | 74.61 | -0.09 |
| Mantle | 257.82 | 0 |
| Dress | 265.04 | -0.2 |
| Man's hose | 45.63 | -0 |
| Woman's hose | 44.32 | 0 |
| Pair of shoes | 27.53 | -0.01 |
| Pair of boots | 86.57 | 0 |
| Belt | 45.2 | -0 |
| Barrel | 12.02 | 0 |
| Pint of beer | 0.82 | 0 |
| Barrel of beer | 66.51 | 2.5 |
| Bottle of wine | 1.66 | 0 |
| Barrel of wine | N/A | N/A |
| Bag of hops | 19.34 | 0 |
| Bag of malt | 10 | 0 |
| Sword blade | 101.19 | 0 |
| Unsharpened sword | 169.69 | 0 |
| Sword | 146.48 | -0.07 |
| Shield | 36.91 | 0 |
| Playing cards | 73.55 | -0 |
| Cloak | 180.72 | 0 |
| Collar | 68.35 | -0.06 |
| Skirt | 135.35 | 0 |
| Tunic | 222.36 | 0 |
| Overalls | 115.73 | 0 |
| Corset | 117.2 | 0 |
| Rope belt | 53.86 | 0 |
| Headscarf | 60.73 | 0 |
| Helmet | 164.91 | 0 |
| Toque | 48.61 | 0 |
| Headdress | 79.65 | 0 |
| Poulaine | 64.02 | 0 |
| Cod | 11.36 | 0 |
| Conger eel | 12.81 | 0 |
| Sea bream | 18.31 | 0 |
| Herring | 17.43 | 0 |
| Whiting | 17.42 | 0 |
| Skate | 12.16 | 0 |
| Sole | 18.11 | 0 |
| Tuna | 12.51 | 0 |
| Turbot | 18.02 | 0 |
| Red mullet | 16.53 | 0 |
| Mullet | 12.47 | -0 |
| Scorpionfish | 20.5 | 0 |
| Salmon | 16.51 | 0 |
| Arctic char | 12 | 0 |
| Grayling | 14.77 | 0 |
| Pike | 17.6 | 0 |
| Catfish | N/A | N/A |
| Eel | 15.09 | 0 |
| Carp | 17.98 | 0.03 |
| Gudgeon | 17.68 | -0.04 |
| Trout | 17.51 | 0 |
| Pound of olives | 13.38 | 0 |
| Pound of grapes | 9.18 | 0 |
| Sack of barley | 10.67 | 0 |
| Half-hundred weight of goat carcasses | 18.99 | 0 |
| Bottle of goat's milk | 12.81 | 0 |
| Tapestry | 143.6 | 0 |
| Bottle of olive oil | 121.94 | -0 |
| Jar of agave nectar | N/A | N/A |
| Bushel of salt | 19.89 | 0 |
| Bar of clay | 3.43 | -0 |
| Cask of Scotch whisky | 93.32 | -0 |
| Cask of Irish whiskey | 131.27 | 0 |
| Bottle of ewe's milk | 10.57 | 0 |
| Majolica vase | 10 | 0 |
| Porcelain plate | N/A | N/A |
| Ceramic tile | N/A | N/A |
| Parma ham | 84.97 | 0 |
| Bayonne ham | 34.65 | -0 |
| Iberian ham | 70.28 | 0 |
| Black Forest ham | 54.72 | 0 |
| Barrel of cider | 51.16 | 0 |
| Bourgogne wine | 76.22 | 0 |
| Bordeaux wine | 60.89 | 0.31 |
| Champagne wine | 141.21 | -5.25 |
| Toscana wine | 33.69 | 0 |
| Barrel of porto wine | 87.44 | 0 |
| Barrel of Tokaji | 163.71 | 0 |
| Rioja wine | 159.19 | 0 |
| Barrel of Retsina | 36.79 | -0 |
| Pot of yoghurt | 85.17 | -0 |
| Cow's milk cheese | 77.07 | 0 |
| Goat's milk cheese | 85.06 | 2.5 |
| Ewe's milk cheese | 52.26 | 0 |
| Anjou wine | 50.88 | -0 |
| Ewe carcass | 15.03 | 0 |
| Mast | 456.7 | 0 |
| Small sail | 215.71 | 0 |
| Large sail | 838.79 | 0 |
| Tumbler of pulque | N/A | N/A |
| Jar of pulque | N/A | N/A |